{"id":1414,"date":"2017-12-09T17:00:00","date_gmt":"2017-12-09T17:00:00","guid":{"rendered":"https:\/\/circulareconomy.pt\/?p=1414"},"modified":"2022-03-29T18:27:03","modified_gmt":"2022-03-29T18:27:03","slug":"nao-e-lixo-e-vida","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/circulareconomy.pt\/en\/nao-e-lixo-e-vida\/","title":{"rendered":"N\u00e3o \u00e9 Lixo, \u00e9 Vida"},"content":{"rendered":"\t\t
Cada habitante da cidade de Lisboa produz anualmente mais de meia tonelada de lixo. Cerca de 20% deste lixo \u00e9 recolhido seletivamente, sendo encaminhado para reciclagem ou outro tipo de valoriza\u00e7\u00e3o. Restam mais de 400 quilos de res\u00edduos indiferenciados, dos quais 41% s\u00e3o res\u00edduos org\u00e2nicos: restos de alimentos no essencial, mas tamb\u00e9m material oriundo de jardins, como folhas e ramos. Esta fra\u00e7\u00e3o org\u00e2nica e biodegrad\u00e1vel do lixo (que representa mais de 160 quilos por habitante por ano \u2013 e, pelo prazer dos n\u00fameros absolutos, mais de 88 mil toneladas anuais para a cidade de Lisboa) tem como destino final a incineradora, desaparecendo, literalmente, em fumo.<\/p><\/div><\/div><\/div>
Esta informa\u00e7\u00e3o, retirada do Plano Municipal de Gest\u00e3o de Res\u00edduos 2015<\/a>, coloca Lisboa no grupo das metr\u00f3poles europeias que pouco fazem com os res\u00edduos org\u00e2nicos que produzem. S\u00e3o a maioria. Muitas, Lisboa inclu\u00edda, recuperam parte dos restos biodegrad\u00e1veis dos \u201cgrandes produtores\u201d (restaurantes, hot\u00e9is, cantinas escolares\u2026), submetendo-os a \u201cvaloriza\u00e7\u00e3o energ\u00e9tica\u201d (produ\u00e7\u00e3o de biog\u00e1s) e\/ou \u201cvaloriza\u00e7\u00e3o org\u00e2nica\u201d (transforma\u00e7\u00e3o em composto). Mas os res\u00edduos dom\u00e9sticos ficam por enquanto fora do circuito. Esta \u00e9 uma situa\u00e7\u00e3o que est\u00e1 a mudar e tem de mudar, se \u00e9 para levar a s\u00e9rio o Pacote de Economia Circular<\/a> lan\u00e7ado em 2015 pela Uni\u00e3o Europeia. A Europa quer reciclar 65% dos res\u00edduos que produz at\u00e9 2030. Actualmente est\u00e1 em 43% (Lisboa em 20%). Sendo a fra\u00e7\u00e3o org\u00e2nica t\u00e3o relevante nas contas gerais do lixo que produzimos, o destino a dar aos nossos restos alimentares torna-se uma quest\u00e3o fulcral.<\/p>\t\t\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t Ciclo Org\u00e2nico<\/span><\/p> Os bio-res\u00edduos n\u00e3o representam apenas a maior fatia do nosso lixo. S\u00e3o tamb\u00e9m a mais valiosa. Factos b\u00e1sicos da vida que todos aprendemos (e provavelmente esquecemos) nas aulas de Ci\u00eancias da Natureza: as plantas precisam de nutrientes para poderem crescer. V\u00e3o buscar o carbono, oxig\u00e9nio e hidrog\u00e9nio ao ar e \u00e0 \u00e1gua, e depois azoto, f\u00f3sforo, pot\u00e1ssio e outros, ao solo. O problema \u00e9 que a agricultura intensiva que praticamos foi esgotando os nutrientes presentes no solo. Hoje, grande parte dos alimentos produzidos no mundo depende de fertilizantes artificiais. Mas a minera\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m est\u00e1 a revelar os seus limites: estima-se que a extra\u00e7\u00e3o de f\u00f3sforo atinja o seu pico em 2030 e as reservas se esgotem daqui a 50 ou 100 anos. Com o peak phosphurus a amea\u00e7ar tornar car\u00edssimo o f\u00f3sforo, a busca de solu\u00e7\u00f5es alternativas torna-se urgente.<\/p> \u00c9 a\u00ed que a compostagem pode ter um papel preponderante: captar os res\u00edduos org\u00e2nicos a n\u00edvel local\/ regional, compost\u00e1-los e enriquecer os solos com esse composto permite devolver (parte dos) nutrientes aos seus ciclos naturais \u2013 o que \u00e9 essencial para a sustentabilidade da agricultura. A seca que estamos a viver atualmente em Portugal (e que as altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas prometem acentuar) deveriam bastar para fazer soar o alarme do desperd\u00edcio que o n\u00e3o-aproveitamento dos res\u00edduos org\u00e2nicos (eficazes na humidifica\u00e7\u00e3o do solo) representa.<\/p> O caso de Mil\u00e3o<\/span><\/p> A grande maioria dos habitantes de Lisboa n\u00e3o tem outra op\u00e7\u00e3o sen\u00e3o deitar as suas cascas de batata para o lixo comum. H\u00e1 excep\u00e7\u00f5es: o nosso colega Filipe Silveira (do projeto ComBOA!, ver abaixo) anda sempre com um contentorzinho de org\u00e2nicos atr\u00e1s, e quando passa por uma horta urbana, despeja no compostor \u2013 mas suspeitamos que este seja um comportamento altamente invulgar.<\/p> Em Barcelona, por exemplo, existem ecopontos na rua, nos quais o cidad\u00e3o pode depositar os seus res\u00edduos diferenciados, incluindo org\u00e2nicos. Mas esta abordagem n\u00e3o \u00e9 das mais bem-sucedidas: a taxa de contamina\u00e7\u00e3o (presen\u00e7a de res\u00edduos n\u00e3o conformes) \u00e9 alta (25%), o que tem consequ\u00eancias na quantidade e qualidade final do composto produzido.<\/p> Vale a pena olhar para o exemplo de Mil\u00e3o. Desde 2014 que todos os residentes (1,3 milh\u00f5es) disp\u00f5em de um servi\u00e7o e de recolha porta-a-porta de restos org\u00e2nicos, e a cidade \u00e9 uma das que melhores resultados tem em termos de recolha seletiva e reciclagem a n\u00edvel europeu. Est\u00e1 no bom caminho para atingir a meta europeia (vai em 54% de res\u00edduos reciclados) e consegue captar, por ano e por habitante,100 quilos de restos org\u00e2nicos competentemente separados.<\/p>\t\t\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t Abordagem porta a porta para distribui\u00e7\u00e3o de contentores e sensibiliza\u00e7\u00e3o. Foto: Milano Recycle City<\/span> Como \u00e9 que isto acontece na pr\u00e1tica? Michele Giavini, senior expert no\u00a0Conzorcio Italiano Compostatori<\/a>(associa\u00e7\u00e3o para a produ\u00e7\u00e3o de composto e biog\u00e1s) partilhou os pormenores em conversa com a CEP. Para implementar o sistema foi organizada uma campanha porta a porta na cidade inteira. Cada fam\u00edlia recebeu gratuitamente um pequeno contentor (concebido para facilitar o arejamento, evitando maus cheiros) e um rolo de sacos biodegrad\u00e1veis. As cozinhas ficaram assim equipadas para o trabalho de separa\u00e7\u00e3o de org\u00e2nicos. Quando o saco fica cheio, coloca-se no contentor situado na parte comum do im\u00f3vel (80% das pessoas vive em pr\u00e9dios). O contentor \u00e9 esvaziado duas vezes por semana pelo servi\u00e7o de recolha. Nada muito diferente da recolha seletiva que existe em Lisboa, mas com um contentor suplementar e duas recolhas adicionais. Quando o rolo de sacos biodegrad\u00e1veis chega ao fim, cabe \u00e0s fam\u00edlias comprarem mais.<\/p>\t\t\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t<\/div>\n\t\t\t\t Segundo dados do projeto\u00a0Milano Recycle City, a qualidade dos restos alimentares assim recolhidos \u00e9 muito boa, com apenas 5% de contamina\u00e7\u00e3o de outros materiais. Fatores importantes s\u00e3o o\u00a0controlo rigoroso\u00a0(todas as manh\u00e3s h\u00e1 30 inspetores nas ruas), o modo de recolha (porta-a-porta) e o\u00a0trabalho de comunica\u00e7\u00e3o\u00a0que precedeu a medida e a tem acompanhado. A separa\u00e7\u00e3o de org\u00e2nicos n\u00e3o \u00e9 apenas uma tarefa suplementar que se pede \u00e0s fam\u00edlias, exige tamb\u00e9m alguma compet\u00eancia no modo de execu\u00e7\u00e3o.<\/p> Boas pr\u00e1ticas em Portugal<\/span><\/p> A n\u00edvel nacional, quem mais d\u00e1 cartas em mat\u00e9ria de res\u00edduos org\u00e2nicos e compostagem \u00e9 a Lipor. A Lipor \u00e9 a associa\u00e7\u00e3o intermunicipal respons\u00e1vel pela gest\u00e3o dos res\u00edduos na \u00e1rea dos munic\u00edpios que a integram (Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, P\u00f3voa de Varzim, Valongo e Vila do Conde). \u201cA compostagem est\u00e1 no ADN da Lipor\u201d, sustenta Susana Freitas, da Unidade de Educa\u00e7\u00e3o e Forma\u00e7\u00e3o Ambiental. A hist\u00f3ria da associa\u00e7\u00e3o assim o confirma: a Lipor nasceu da aquisi\u00e7\u00e3o de uma empresa privada de Ermesinde, a Fertor, que produzia um fertilizante do mesmo nome a partir dos res\u00edduos indiferenciados da regi\u00e3o. Est\u00e1vamos no in\u00edcio dos anos 80, Portugal ainda n\u00e3o tinha aderido \u00e0 CEE e os padr\u00f5es de consumo dos portugueses eram bem diferentes. \u201cNa altura era vi\u00e1vel produzir fertilizante a partir do lixo comum, uma vez que 90% era mat\u00e9ria org\u00e2nica\u201d, resume Susana Freitas. Veio depois a revolu\u00e7\u00e3o do consumo com seu rasto de embalagens e descarte f\u00e1cil. O Fertor, resultante de um processo TMB (Tratamento Mec\u00e2nico e Biol\u00f3gico) foi descontinuado em 2001 por j\u00e1 n\u00e3o ser poss\u00edvel assegurar a qualidade de outrora.<\/p>\t\t\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t (Foto: Lipor)<\/span><\/p> Para al\u00e9m da valoriza\u00e7\u00e3o energ\u00e9tica e org\u00e2nica dos res\u00edduos de grandes produtores (para os quais, ressalve-se, n\u00e3o existe qualquer obrigatoriedade em separar org\u00e2nicos), a Lipor promove a compostagem dom\u00e9stica atrav\u00e9s do programa \u201cTerra a Terra\u201d, que alia forma\u00e7\u00e3o e oferta de um compostor (j\u00e1 foram dados mais de 10 mil). A compostagem caseira, reconhece Susana, n\u00e3o tem potencial para envolver muita gente (\u00e9 preciso ter pelo menos um bocadinho de terreno para colocar o compostor, cuja base est\u00e1 em contacto direto com o solo). Mas foi o caminho escolhido pela Lipor para realizar a sua \u201cmiss\u00e3o de educa\u00e7\u00e3o ambiental\u201d (que se declina em v\u00e1rios outros projetos como a\u00a0Horta da Formiga<\/a>\u00a0ou a\u00a0Academia Lipor<\/a>), na tentativa de preparar terreno nas consci\u00eancias dos mun\u00edcipes para coisas mais ambiciosas no futuro. \u00c9 que em 2008 foi tentado, na Maia, um projeto de recolha porta-a-porta de org\u00e2nicos. \u201cOs resultados foram fracos. As pessoas n\u00e3o percebiam a diferen\u00e7a entre lixo org\u00e2nico e indiferenciado\u201d, explica Susana Freitas. Nove anos depois est\u00e1 em prepara\u00e7\u00e3o um novo piloto \u2013 com mais hip\u00f3teses de sucesso, acredita Susana, dado o trabalho desenvolvido e o disparar da aten\u00e7\u00e3o global para com os problemas ambientais.\u00a0<\/p> Solu\u00e7\u00f5es Estruturais<\/span><\/p> Se \u00e9 certo que est\u00e1 em marcha, a n\u00edvel europeu, um movimento inequ\u00edvoco no sentido de promover a reciclagem e especificamente a compostagem, \u201ca legisla\u00e7\u00e3o existente ainda n\u00e3o \u00e9 suficiente\u201d, considera Stefanie Siebert, directora executiva da\u00a0European Compost Network<\/a>, rede europeia de organiza\u00e7\u00f5es de gest\u00e3o de res\u00edduos org\u00e2nicos. \u201cA n\u00edvel europeu existe apenas a obriga\u00e7\u00e3o de reduzir a presen\u00e7a de res\u00edduos org\u00e2nicos em aterro. Isto n\u00e3o chega para favorecer a op\u00e7\u00e3o pela reciclagem de bio-res\u00edduos\u201d, explica. Para Siebert \u00e9 evidente a rela\u00e7\u00e3o entre legisla\u00e7\u00e3o adequada (em pa\u00edses como a \u00c1ustria, Holanda, Alemanha) e resultados.\u00a0\u201cA Europa precisa de tornar a separa\u00e7\u00e3o de bio-res\u00edduos obrigat\u00f3ria\u201d, defende. \u201cOs munic\u00edpios queixam-se de que a recolha seletiva de org\u00e2nicos fica cara, mas n\u00e3o \u00e9 verdade. H\u00e1 muitos estudos que mostram o contr\u00e1rio, porque se os bio-res\u00edduos forem separados, decresce o volume de lixo indiferenciado a recolher e tratar. E\u00a0a compostagem \u00e9 a forma mais barata de tratar bio-res\u00edduos\u201d, avan\u00e7a Siebert.<\/p> Segundo Michele Giavini, implementar e gerir um esquema de recolha porta-a-porta de org\u00e2nicos n\u00e3o trouxe custos adicionais ao or\u00e7amento municipal de Mil\u00e3o. \u00c9 que compostar (70 euros\/tonelada) fica mais barato do que incinerar ou p\u00f4r em aterro (100 euros\/tonelada). Esta diferen\u00e7a prende-se com a\u00a0forte taxa\u00e7\u00e3o da incinera\u00e7\u00e3o e aterro na Lombardia, uma medida que Giavini gostaria de ver implementada a n\u00edvel europeu, para favorecer a compostagem.<\/p> Compostagem numa Economia Circular<\/span><\/p>\t\t\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t<\/section>\n\t\t\t\t (Foto: ComBOA!)<\/span> A rela\u00e7\u00e3o entre cascas de batata de o futuro da vida na Terra pode n\u00e3o ser quest\u00e3o que d\u00ea muito que pensar ao lisboeta comum, mas h\u00e1 uns quantos que andam a matutar seriamente nisso e a tentar fazer a coisa acontecer. A CML vai avan\u00e7ar para a recolha seletiva de org\u00e2nicos em 2019, devendo ser abrangidos numa primeira etapa 6700 fogos (cerca de 3% do total). Em paralelo, por forma a \u201creduzir na fonte\u201d a quantidade de res\u00edduos a recolher, vai ser promovida a compostagem dom\u00e9stica (com a distribui\u00e7\u00e3o, j\u00e1 em 2018, de 4000 compostores) e comunit\u00e1ria.\u00a0Com estas e outras medidas (nomeadamente na preven\u00e7\u00e3o do desped\u00edcio alimentar) o munic\u00edpio est\u00e1 a desempenhar um papel pioneiro em mat\u00e9ria de economia circular no \u00e2mbito do projeto europeu\u00a0<\/span>FORCE – Cities Cooperating For Circular Economy<\/a>.\u00a0<\/span><\/p> \u00a0<\/p>\t\t\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t<\/section>\n\t\t\t\t Por seu lado, a CEP lan\u00e7ou o ComBOA!, iniciativa que pretende ensinar, descomplicar e enraizar a pr\u00e1tica da compostagem em Lisboa e arredores, a partir das hortas urbanas existentes e em colabora\u00e7\u00e3o com os hortel\u00e3os e horteloas que as cultivam. O ComBOA! est\u00e1 j\u00e1 a ser implementado nas hortas de S. Jo\u00e3o (foto) e do Texugo, no concelho de Almada, e prepara-se para experimentar, na freguesia de Campolide em Lisboa, um sistema de troca de res\u00edduos org\u00e2nicos por moeda local (numa extens\u00e3o do j\u00e1 muito falado projeto \u201cPago em Lixo\u201d). Para conhecer o impacto destas iniciativas nas atitudes e pr\u00e1ticas dos lisboetas, vai ser preciso esperar.<\/p> Uma coisa \u00e9 certa: mudar integralmente a rela\u00e7\u00e3o que temos com os res\u00edduos org\u00e2nicos que produzimos \u00e9 um imperativo \u2013 econ\u00f3mico, ecol\u00f3gico, e em breve, possivelmente, legal. Aquilo a que chamamos lixo representa um recurso essencial para a sustentabilidade da vida na terra, e quanto mais cedo agirmos em consequ\u00eancia, mais rapidamente colheremos os benef\u00edcios.<\/p><\/div><\/div><\/div>\t\t\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t<\/section>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t","protected":false},"excerpt":{"rendered":" A compostagem de res\u00edduos org\u00e2nicos representa uma alavanca fundamental para a transi\u00e7\u00e3o ecol\u00f3gica, com benef\u00edcios econ\u00f3micos e ambientais de peso. Algumas cidades europeias, como \u00e9 o caso de Mil\u00e3o, est\u00e3o a demonstr\u00e1-lo. Lisboa ainda est\u00e1 tem um longo caminho a percorrer nesta mat\u00e9ria, mas as aten\u00e7\u00f5es come\u00e7am a despertar para o enorme potencial da compostagem.<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":1415,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_acf_changed":false,"footnotes":""},"categories":[19],"tags":[],"class_list":["post-1414","post","type-post","status-publish","format-standard","has-post-thumbnail","hentry","category-zero-desperdicio"],"acf":[],"yoast_head":"\n\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t
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