Portugal<\/strong>? Para quando uma legisla\u00e7\u00e3o que promova a repara\u00e7\u00e3o? S\u00f3 quando for obrigat\u00f3rio? N\u00e3o faz sentido. <\/p>\n\n\n\nSegundo Rose, \u201ca mudan\u00e7a pode come\u00e7ar apenas com uma agulha e linha\u201d (e n\u00f3s concordamos e adicionamos) com uma chave inglesa e um mult\u00edmetro tamb\u00e9m. <\/p>\n\n\n\n
Nota: O artigo data de 25 de novembro de 2015, por isso Rose refere-se \u00e0s \u00e9pocas festivas.<\/em><\/p>\n\n\n\nArtigo: <\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\nNesta \u00e9poca de festas, tenho uma resolu\u00e7\u00e3o de Fim de Ano em nome do Planeta Terra: vamos todos tornar-nos ambientalistas radicais. <\/p>\n\n\n\n
Isto parece um grande passo – mas n\u00e3o \u00e9. Tudo o que precisas \u00e9 um kit de costura e um manual de repara\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n
Como consumidores individuais, a melhor coisa que podemos fazer pelo planeta \u00e9 manter as nossas coisas em uso. O simples ato de prolongarmos o tempo de vida da nossa roupa atrav\u00e9s do cuidado adequado e da sua repara\u00e7\u00e3o – assim evitando emiss\u00f5es de CO2, gera\u00e7\u00e3o de res\u00edduos e utiliza\u00e7\u00e3o de \u00e1gua.<\/p>\n\n\n\n
Porque \u00e9 que Reparar \u00e9 um ato radical? Reparar algo que n\u00f3s de outra forma ir\u00edamos deitar fora \u00e9 inconceb\u00edvel para muitos no auge do fast-fashion e do r\u00e1pido avan\u00e7o tecnol\u00f3gico, mas o impacto \u00e9 enorme. Digo-vos como CEO de uma empresa de roupa que, apesar do compromisso profundo com a produ\u00e7\u00e3o sustent\u00e1vel, ainda assim retiramos mais da Terra do que lhe devolvemos. <\/p>\n\n\n\n
N\u00f3s vivemos numa cultura no qual a substitui\u00e7\u00e3o \u00e9 a rainha. N\u00f3s reparamos grandes itens como carros ou m\u00e1quinas de lavar roupa, mas na verdade \u00e9 mais f\u00e1cil e barato comprar algo novo. Existem outras raz\u00f5es para evitar a repara\u00e7\u00e3o, incluindo marcas que avisam os clientes que se estes tentarem reparar por conta pr\u00f3pria a garantia fica sem efeito ou a falta de acesso \u00e0 informa\u00e7\u00e3o e partes necess\u00e1rias para algu\u00e9m reparar algo sozinho. <\/p>\n\n\n\n
Estas condi\u00e7\u00f5es criam uma sociedade de consumidores de produtos, n\u00e3o propriet\u00e1rios. E, existe uma diferen\u00e7a. Os propriet\u00e1rios s\u00e3o incentivados a ser responsabilizados pelas suas compras – desde a limpeza, repara\u00e7\u00e3o, reutiliza\u00e7\u00e3o e partilha. J\u00e1 os consumidores tiram, produzem, descartam e repetem – um ciclo que nos est\u00e1 a levar \u00e0 bancarrota (ou fal\u00eancia) ecol\u00f3gica. <\/p>\n\n\n\n
Para ser sincera, o ato de comprar em si n\u00e3o \u00e9 o problema (apesar de ser dif\u00edcil n\u00e3o ver a loucura \u00e0 volta de dias como a Black Friday). <\/p>\n\n\n
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<\/figure><\/div>\n\n\nBlack Friday: From chaos to consumer celebration By Daily Sabah<\/em><\/p>\n\n\n\nAfinal, as nossas vidas dependem de uma variedade de produtos produzidos de uma forma que danifica o planeta – incluindo a Patagonia – e isto n\u00e3o parece que v\u00e1 terminar em breve, n\u00e3o importa o quanto trabalhamos para reduzir o nosso impacte.\u00a0<\/p>\n\n\n\n
Qual o ant\u00eddoto? Fazer uma redu\u00e7\u00e3o na nossa pegada coletiva de consumo ir\u00e1 requerer uma responsabilidade partilhada entre as empresas que fabricam os produtos e os consumidores que os compram – mas as empresas devem atuar de forma independente. <\/p>\n\n\n\n
Demasiadas vezes, os produtos n\u00e3o t\u00eam manuais de repara\u00e7\u00e3o – e em casos extremos as empresas impedem ativamente a repara\u00e7\u00e3o ao inventarem novos tipos de parafusos (s\u00f3 dispon\u00edveis pela marca) ou outras estrat\u00e9gias sem sentido. Isto deveria ser considerado inaceit\u00e1vel dada \u00e0 crise clim\u00e1tica que enfrentamos – mas, em vez disso, a obsolesc\u00eancia planeada \u00e9 celebrada como uma estrat\u00e9gia de marketing inteligente. <\/p>\n\n\n\n
Vamos comportar-nos como propriet\u00e1rios, e n\u00e3o como consumidores, e, reparar em vez de infligir algo novo ao planeta, se realmente n\u00e3o precisamos do produto. <\/p>\n\n\n\n
E, enquanto neg\u00f3cios, temos a responsabilidade de fabricar produtos com mais qualidade e ajudar a reclamar o ato de propriedade: tornar as pe\u00e7as acess\u00edveis e a repara\u00e7\u00e3o f\u00e1cil. Vamos celebrar sempre o esfor\u00e7o de tentarmos reparar algo. Precisamos permitir que os nossos consumidores se tornem propriet\u00e1rios – e isso exigir\u00e1 uma mudan\u00e7a s\u00edsmica na nossa abordagem. <\/p>\n\n\n\n
\u00c9 um ato radical, mas a mudan\u00e7a pode come\u00e7ar apenas com uma agulha e linha.<\/mark><\/strong><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"H\u00e1 quase 10 anos, Rosie Marcario, ex-CEO da marca de roupa Patagonia, escreveu o artigo que partilhamos abaixo. Rosie tinha – e tem – tanta raz\u00e3o. Reparar, infelizmente, continua a ser um ato radical, uma a\u00e7\u00e3o contra-ciclo nesta estrada do consumismo desenfreado. \u00c9 nesta estrada que a CEP, atrav\u00e9s do projeto Repair Caf\u00e9, tem vindo … Read more<\/a><\/p>\n","protected":false},"author":7,"featured_media":4234,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_acf_changed":false,"footnotes":""},"categories":[73,59],"tags":[78,40,71],"class_list":["post-4227","post","type-post","status-publish","format-standard","has-post-thumbnail","hentry","category-economia-circular","category-reparacao","tag-artigo","tag-economia-circular","tag-reparacao"],"acf":[],"yoast_head":"\n"Reparar \u00e9 um ato Radical" - Circular Economy Portugal<\/title>\n \n \n \n \n \n \n \n \n \n \n \n \n\t \n\t \n\t \n \n \n \n\t \n\t \n\t \n