1. Planear. Defina um menu semanal e elabore uma lista de compras com base no que precisa (ingredientes e quantidades) e no que já tem em casa (frigorífico, despensa). Assim, evitará fazer compras de impulso e poderá estabelecer menus mais equilibrados e variados… e escusa de passar pelo stress habitual que se segue à pergunta: “E agora o que é que eu faço para o jantar?”
2. Comprar. Sempre que possível, compre produtos:
– a granel: será mais fácil comprar as quantidades que realmente precisa, sem excedentes e sem embalagens;
– locais: para além de serem mais frescos e nutritivos, evitam-se os desperdícios e a poluição decorrentes do transporte de longa distância);
– biológicos: uma vez que são produzidos sem pesticidas, poderá aproveitar a totalidade do produto, incluindo as cascas, onde se acumulam os nutrientes (mas também os pesticidas…);
– feios e deformados: a qualidade é a mesma e o preço pode ser menor!
3. Saber. Há dois tipos de prazos de validade: “Consumir até…” aplica-se a produtos perecíveis e é para ser levado à letra, já que consumi-los após esse prazo de validade é um risco para a saúde. “Consumir de preferência antes de…” aplica-se a produtos não perecíveis, embalados e enlatados e, tal como está na descrição, é uma “preferência”; não é imediatamente lixo e é seguro consumi-los depois desta data.
No caso das promoções “leve 2 pague 1” aplicado a produtos no fim da validade, avalie se precisa mesmo de mais quantidade ou se o barato irá sair caro…
4. Conservar e armazenar. Ao abastecer o seu frigorífico ou despensa:
– verifique a temperatura do frigorífico (1 a 5º C) e a temperatura do congelador (-15 a -18ºC);
– cumpra as instruções das embalagens dos produtos;
– faça a rotação correta dos produtos – se comprar um novo produto coloque-o atrás do mais antigo (frigorífico, despensa), para que este seja o primeiro a ser utilizado; evitará assim tanto a formação de bolores como a utilização do produto com prazo mais longo em detrimento do produto com a validade mais curta.
5. Cozinhar. Ao preparar as suas refeições, assegure-se de que confeciona doses adequadas ao seu agregado familiar, para que não haja sobras ou excedentes; ou, caso não possa cozinhar todos os dias, faça quantidades para mais do que uma refeição e congele por doses. Na altura de servir, opte por pequenas porções: comer em demasia prejudica a saúde e conduz ao desperdício; e poderá sempre repetir se o desejar…
6. Aproveitar. No caso de se verificarem sobras ou excedentes:
– guarde-as no frigorífico, preferencialmente dentro de um recipiente de vidro transparente (poderão conservar-se até 3 dias) e terá marmita para o dia seguinte;
– congele pão às fatias, ervas aromáticas em cuvetes com azeite, fruta madura para fazer gelados ou batidos…
– faça caldos, compotas, pickles, smoothies… existem mil e uma receitas para aproveitamento de sobras, gratuitas e à distância de um clique.
7. Compostar. Se for possível, faça composto em casa ou sugira à sua junta de freguesia ou câmara municipal que aposte na compostagem comunitária (com a ajuda do ComBOA!).
Para além de tudo isto, pode juntar o útil ao agradável e desafiar os seus amigos para uma Disco Soup caseira!