A Rosa tinha um conjunto saia-top que lhe estava apertado. Trouxe-o à Re:Costura com a ideia de o transformar numa camisa. Pôs-se a trabalhar com a Ana Sargento, da plataforma Fio, e em pouco tempo o conjunto inteiro estava descosido. A recostura pôde então começar.
“É importante ter um tecido de boa qualidade, como este, para reaproveitar”, explica Ana. “Quando o tecido é fraco, pode ficar estragado no processo de desfazer a peça”.
Ana Sargento estudou design de moda, mas quem primeiro a ensinou a costurar foi a mãe. Para esta apaixonada da modelagem (o desenho das diferentes partes que formam uma peça de roupa), participar na Re:Costura faz todo o sentido pelo “espírito de reaproveitamento” que guia o evento. “Os nossos avós tinham este espírito, mas foi-se perdendo”, lamenta Ana.
Ana e Rosa em plena Re:Costura
À volta da Rosa e da Ana, a azáfama é grande. As equipas têm uma hora e meia para elaborar e executar um projecto de recostura. Há quem esteja a substituir partes do tecido manchado de uma blusa de estimação, indo buscar a umas calças estragadas o pano em falta. Há um projecto de transformação de calças em top. E até apareceu uma Barbie à procura de peças exclusivas feitas de sobras, para enriquecer o seu guarda-roupa sustentável.
No final da hora e meia de trabalho, Rosa e Ana tinham abandonado a ideia da camisa e estavam a fazer um vestido-bata. A nova peça não ficou concluída – uma hora e meia é muito pouco tempo – mas está bem encaminhada, até à próxima sessão.